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Fisioterapia após AVC: estimulação sensorial para recuperar o controle e funcionalidade

  • Foto do escritor: Movimento Fisioterapia
    Movimento Fisioterapia
  • 24 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Nosso corpo possui receptores que captam informações tanto do ambiente externo quanto do nosso próprio organismo. Essas informações são cruciais para que os movimentos sejam realizados com precisão. O sistema sensorial desempenha um papel fundamental na modulação do movimento, influenciando diretamente outros sistemas que também contribuem para o movimento funcional.


A fisioterapeuta ajudando o seu paciente com AVC a caminhar

Após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), podem ocorrer diversas alterações sensoriais, incluindo a perda da sensibilidade tátil, proprioceptiva e a percepção de temperatura ou dor. Essas alterações podem resultar em uma incapacidade de perceber a posição dos membros no espaço, comprometendo o equilíbrio e a coordenação motora. A importância desse sistema é ainda mais evidente na recuperação pós-AVC, onde estudos indicam que o prognóstico motor e funcional é menos favorável em pacientes com déficits sensoriais.


Além disso, a ausência de percepção sensorial em um membro pode levar ao fenômeno conhecido como "desuso aprendido." Isso ocorre quando, devido à falta de sensibilidade e ao consequente menor uso do membro, há uma diminuição da representação cortical desse membro no cérebro, resultando em uma redução progressiva da funcionalidade e na capacidade de recuperação.


Esse processo de "neuroplasticidade negativa" pode, contudo, ser evitado ou revertido. A fisioterapia após AVC pode utilizar a estimulação sensorial adequada e engajar o membro em atividades, promovendo a recuperação e a reintegração funcional do membro afetado.


A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento das alterações sensoriais e motoras, utilizando uma ampla gama de técnicas e abordagens terapêuticas para estimular a neuroplasticidade e prevenir o desuso aprendido.


Portanto, é evidente a importância de estimular o sistema sensorial, uma abordagem essencial que não deve ser negligenciada no tratamento fisioterapêutico. A estimulação adequada e o treinamento desse sistema não apenas facilitam a recuperação motora e funcional, mas também previnem o declínio neuromuscular e promovem a reorganização do sistema nervoso, aumentando as chances de sucesso na reabilitação.

 
 
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